Com excelência, aonde for. Mais do que contêineres, a excelência do Terminal Portuário também está presente na responsabilidade com a transparência nos processos e as mudanças climáticas. Pelo segundo ano consecutivo, a Portonave, localizada em Navegantes, Santa Catarina, recebeu o selo Ouro no Programa Brasileiro GHG Protocol (PBGHG), realizado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), devido à publicação do Inventário de Gases de Efeito Estufa (GEE) completo. O reconhecimento foi anunciado durante o Evento Anual do Programa Brasileiro GHG Protocol – Ciclo 2025, em São Paulo, nesta terça-feira (5).
Desde o ano passado, a empresa passou a aderir anualmente ao Registro Público de Emissões (RPE), plataforma que disponibiliza de forma transparente as emissões de GEE. Há 15 anos, realiza anualmente o inventário de emissões de GEE, elaborado com base na metodologia internacional do GHG Protocol, e divulga por meio dos relatórios de sustentabilidade anuais. O GHG Protocol é uma referência mundial na verificação e qualificação de organizações nas emissões de GEE. Confira na íntegra o Inventário de Emissões de GEE 2024 da Companhia:
https://registropublicodeemissoes.fgv.br/estatistica/estatistica-participantes/2354.
Para conquistar o selo Ouro do PBGHG, a Portonave divulgou informações sobre as fontes do Escopo 1 (emissões liberadas como resultado direto das operações), Escopo 2 (emissões indiretas provenientes da energia elétrica adquirida) e, de modo proativo e transparente, também as emissões do Escopo 3 (emissões indiretas de fontes sobre as quais não há controle direto) – opcional para o reconhecimento. Além disso, a empresa também foi auditada por um Organismo de Verificação (OV) de inventários de GEE acreditado pelo Inmetro. O inventário foi verificado com o nível máximo de confiança pelo OV.
A iniciativa, além de proporcionar transparência aos processos, incentiva a adoção de práticas sustentáveis. Para reduzir as emissões de GEE em suas operações, a Companhia realiza investimentos constantes em infraestrutura moderna e ecológica, com menor impacto na emissão de gases poluentes.
Infraestrutura sustentável
O foco da Portonave está na redução das emissões diretas (Escopo 1), assim como das emissões indiretas (Escopo 2) que, desde 2022, são 100% provenientes de fontes renováveis. Devido aos investimentos em equipamentos que emitem menos GEE, a Companhia registrou uma redução de 63% nas emissões totais entre 2015 e 2024 – cerca de 79.874,13 tCO₂e (toneladas de carbono equivalente) emissões evitadas.
O investimento mais significativo foi a eletrificação dos 18 Rubber Tyred Gantries (RTGs) – guindastes de movimentação de contêineres antes operados a diesel. Após, esses equipamentos apresentaram redução de 96,5% na emissão de gases poluentes.
Mais 14 RTGs eletrificados foram adquiridos e têm chegada prevista para o próximo ano, assim como 2 Ship-to-Shore (STS) Cranes, guindastes para movimentação de contêineres nos navios, que são 100% elétricos. Recentemente, a operação da primeira Reach Stacker elétrica, empilhadeira para movimentação de cargas, teve início – com zero emissões diretas de dióxido de carbono (CO₂), óxidos de nitrogênio (NOx) e de enxofre (SOx). Esses equipamentos fazem parte de um investimento de R$ 439 milhões da empresa.
Em 2024, a Companhia iniciou as operações da primeira Eco Reach Stacker da América Latina, com redução de 40% das emissões de GEE, e também do primeiro Terminal Tractor Elétrico do Sul do país, ambos para movimentação de contêineres. Esses equipamentos elétricos e ecológicos são testados para avaliar a viabilidade da substituição da frota de veículos.
Há cinco anos, a autoprodução de energia renovável passou a integrar as iniciativas para a descarbonização de sua matriz energética. No acumulado de 2020 a 2024, deixou de emitir 10,73 tCO₂e na atmosfera.
Neutralização das emissões indiretas até 2027
Outra prática da Portonave, alinhada aos seus compromissos com o desenvolvimento sustentável e com a pauta climática, é a compensação das emissões. De 2022 a 2024, foram adquiridos certificados de energia renovável (I-REC), que, somados, correspondem a 199.744 MWh (unidade de energia), com a compensação das emissões totais referentes à compra de energia elétrica (Escopo 2). Para os próximos anos, a Companhia já fechou contratos de compra de energia renovável certificada, o que assegura a compensação das emissões do escopo até 2027.
Desempenho por TEU movimentado
O Terminal Portuário possui um indicador próprio para avaliar seu desempenho em relação às emissões, o Indicador de Pegada de Carbono, que considera as toneladas de carbono equivalente (tCO₂e) por TEU (unidade de medida equivalente a um contêiner de 20 pés) movimentado. No ano passado, a empresa alcançou seu menor índice (0,003 tCO₂e/TEU), uma redução de 80% em relação a 2015 (0,016 tCO₂e/TEU).
Parcerias pelo futuro
A Portonave é membro da Aliança Brasileira para Descarbonização de Portos, iniciativa que surgiu de uma parceria entre o Porto de Itaqui e o Valencia Ports, com o objetivo de buscar soluções integradas por meio da colaboração de diversos atores nacionais e internacionais, como outros portos, empresas e sindicatos. Também no último ano, a Companhia iniciou um levantamento sobre os riscos das mudanças climáticas na infraestrutura portuária, que inclui a elaboração de um plano de ação, em parceria com a Universidade do Vale do Itajaí (Univali). A publicação do estudo está prevista para este segundo semestre.
Sobre o Programa Brasileiro GHG Protocol
Realizado pelo Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getulio Vargas (FGVces), o Programa Brasileiro GHG Protocol é responsável pela adaptação do método GHG Protocol ao contexto brasileiro e pelo desenvolvimento de ferramentas de cálculo para estimativas de emissões de gases do efeito estufa corporativas.
Seu principal objetivo é estimular a cultura corporativa de inventário de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) no Brasil, proporcionando aos participantes acesso a instrumentos e padrões de qualidade internacional para contabilização das emissões e publicação dos inventários no Registro Público de Emissões. O PBGHG também atua na capacitação de organizações-membro para elaboração de inventários organizacionais de GEE, oferecendo treinamentos sobre o método do GHG Protocol.
Sobre a qualificação dos inventários
Para promover o aprimoramento contínuo dos inventários de Gases de Efeito Estufa (GEE), o Programa Brasileiro GHG Protocol desenvolveu a seguinte política de qualificação:
Selo Ouro: indica a publicação de um inventário completo e verificado por um Organismo de Verificação (OV) de inventários de GEE acreditado pelo Inmetro.
Selo Prata: indica a publicação de um inventário de GEE completo, isto é, que inclui todas as fontes de emissão de Escopo 1 (diretas) e Escopo 2 (indiretas) aplicáveis à organização.
Selo Bronze: indica a publicação de um inventário de GEE parcial, isto é, que não contabiliza todas as fontes de emissão de Escopo 1 (diretas) e Escopo 2 (indiretas) existentes na organização.
Sobre a Portonave
A empresa está localizada em Navegantes, Litoral Norte de Santa Catarina, e iniciou suas atividades em 2007, como o primeiro terminal portuário privado do Brasil. Atualmente, são 1,3 mil empregos diretos e 5,5 mil indiretos. No ranking nacional, a Portonave, em 2024, esteve entre os três portos que mais movimentam contêineres cheios de longo curso, sendo o primeiro em Santa Catarina, de acordo com o Datamar. Além do destaque pela excelência operacional, a Companhia está comprometida com as práticas ESG (Meio Ambiente, Social e Governança) e investe permanentemente em projetos que visam desenvolver a comunidade.